quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Abraços Partidos (Espanha - 2009)

Título Original: Los abrazos rotos
Direção: Pedro Almodóvar
Elenco: Penélope Cruz, Lluís Homar, Blanca Portillo, José Luis Gómez, Tamar Novas, Rúben Ochandiano, Lola Dueñas


É certo que Penélope Cruz e Pedro Almodóvar nasceram um para o outro. Em "Abraços Partidos" isso fica evidente, pois o filme não teria razão de existir sem a musa Lena, interpretada por Penélope de forma envolvente, como sempre.

A trama central do filme gira em torno de um cineasta que, após perder a visão, assume o pseudônimo Harry Caine, se dedicando a escrever roteiros. Seu passado vem à tona quando um famoso empresário morre e seu filho o procura para escrever um roteiro sobre a mágoa que guarda do pai. O passado em questão é o último filme do cineasta, ainda como Mateo Blanco, que teve como sua protagonista Lena, amante do empresário que obsessivamente resolveu produzir o filme e encarregou seu filho de filmar Lena durante toda a filmagem.

De fato, Almodóvar criou Lena para que Penélope Cruz pudesse brilhar, pois todas suas cenas foram feitas para fascinar e mostrar o fascínio que uma mulher pode causar (algo típico de Almodóvar). Ela brinca com a câmera, brilha chorando, fumando, como Marylin ou Audrey Hepburn. É uma mulher real que encanta e ponto. Assim é o personagem criado para Penélope, por ser Penélope, e não é a toa que o cineasta se apaixona pela atriz e por sua imagem.

Penélope ama as câmeras. As câmeras amam Penélope. Isso resume tudo.

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