domingo, 26 de setembro de 2010

Capitalismo: Uma História De Amor (EUA – 2009)




Título original: Capitalism - A Love Story
Direção: Michael Moore

Michael Moore não faz cinema. Não faz documentários. Faz peças de propaganda esquerdistas, quase anarquistas. Isso é fato, ele nunca negou isso. Seu mérito está no humor cáustico e no deslumbrante show de edição. Mas tem hora que essa coisa monotemática cansa, né. Roger & Eu, os programas The Big One e The Awful Truth, a obra-prima Tiros Em Columbine, o show de imagens de Fahrenheit 11/9, o megadeprê Sicko... mas tem hora que a “piada” perde a graça. E este Capitalismo: uma História De Amor é muito fraco. Nada de grandes sacadas, de cenas em que você jura que ele vai apanhar mais que o Ivo Holanda ou o Repórter Vesgo, nada de sarcasmo corrosivo. Só uma ladainha conta o capitalismo que, embora justa e embasada, e cansativa e por demais repetitiva pra quem já viu os outros filmes e já leu os livros dele (sim, fiz tudo isso). O capitalismo é mau, filho-da-puta, cruel, as empresas exploram os empregados, fazem seguros de vida em nome dos operário sem eles saberem, pra receer a grana, lugare como a cidade-natal de Moore, Flint (Michigan), baseadas em empresas (no caso, a GM), são abanonadas às moscas, pessoas são despejadas enquanto os lucros na bolsa crescem vertiginosamente, etc. Se você não conhece nada dele, passe longe. Leia Stupid White Men e Cara, Cadê Meu País e veja Roger & Eu, Tiros Em Columbine e Sicko, só para ver que o Primeiro Mundo é tão sórdido e cruel quanto o Terceiro. Mas este filme aqui é cansativo, óbvio e dispensável.

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